Palmeira de pequeno porte nativa de áreas de restingas desde Sergipe até o Paraná, vegetando sobre dunas ou planícies arenosas. De extrema importância ambiental, pois é fonte de alimento para a fauna. É também muito procurada para paisagismo, pois é de belo efeito ornamental e própria para plantio a beira-mar ou em áreas secas. Prefere sol pleno, mas também tolera a meia-sombra. O mesocarpo (polpa) dos frutos é alaranjada e muito procurada pelas populações caiçaras, sendo seus frutos outrora comercializados nas praias. Das folhas secas se fazem cestos e outros artesanatos.
Recuperação e recomposição de áreas arenosas litorâneas degradadas: projetos, mudas e reflorestamento
A ação humana sobre os ecossistemas litorâneos vem se intensificando nos últimos anos, de tal forma que as comunidades vegetais encontradas nestas planícies arenosas (as chamadas "restingas") correm risco de extinção.
As áreas de maior densidade populacional no Brasil localizam-se justamente na costa atlântica, gerando um forte impacto ambiental sobre Flora e Fauna. Além disso, existe uma crescente pressão imobiliária e industrial sobre estas áreas, cujo valor econômico é bastante elevado.
E, especialmente nos últimos anos, devido às enormes transformações pelas quais passa o Estado do Rio de Janeiro, esta pressão atingiu níveis críticos. Com a proximidade dos megaeventos Copa do Mundo 2014 e Jogos Olímpicos 2016, as exigências e legislações ambientais estão se tornando cada vez mais específicas. Órgãos como o Inea (Instituto Estadual do Ambiente) e o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio-Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) vêm aplicando autos de infração com pesadas multas que podem ser convertidas em medidas compensatórias.
Dentro deste contexto, surge o Viva Restingas, um viveiro altamente especializado na biodiversidade destes ambientes. Nossa filosofia é produzir o maior número possível de espécies, dando especial atenção àquelas de produção mais difícil. Mudas de sapotiaba (Sideroxylon obtusifolium), guriri (Allagoptera arenaria), feijão-da-praia (Sophora tomentosa) e pitangão (Eugenia neonitida) são presenças constantes em nossos estoques.
Sideroxylon obtusifolium (sapotiaba ou quixabeira)
Árvore de 7-10 m de altura, dotada de folhas brilhantes e produtora de pequenos frutos negros, bastante doces e avidamente consumidos pela fauna. Sua madeira é muito valorizada, e antigamente empregada na confecção de canoas no litoral nordeste fluminense. Também conhecida como Bumelia obtusifolia var. excelsa, é uma espécie considerada de conservação vulnerável.
Sophora tomentosa (feijão-da-praia)
Arbusto de cerca de 1,5-2 m de altura, dotado de folhagem densa e flores muito vistosas, de coloração amarela. Seu crescimento é muito rápido e vigoroso, a sol pleno, razão pela qual é muito utilizado em recomposição de áreas litorâneas degradadas. Também é recomendado para o paisagismo de espaços a beira-mar.
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